sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Conheça tudo sobre o Jalapão

Por do sol Dunas


Curiosidades: O nome Jalapão vem de uma trepadeira chamada Jalapa-do-Brasil. As dunas cor-de-cobre movimentam e transformam a região, a sudeste Estado do Tocantins, revelando os mistérios do grande ciclo da vida. O Jalapão é constituído pelos municípios de Ponte Alta do Tocantins, Mateiros, São Félix do Tocantins, Novo Acordo e Lizarda. As chapadas imponentes, formações de relevo curiosas, são desgastadas pelo vento minuto após minuto e sedimentam suas areias no solo local. Daí vem o deserto do Jalapão.

Jalapa


História:
O potencial humano é uma das preciosidades da região. Hábitos e culturas surgiram ao longo dos tempos, sem qualquer influência externa e, hoje, se mantêm vivas e aproveitando os benefícios gratuitos da natureza. O povoado de Mumbuca, remanescente de quilombo, há dois séculos conserva a tradicional confecção de artesanato em capim dourado, planta típica que cresce nos varjões entre abril e junho. Enquanto os homens trabalham na roça ou pescam para o sustento, as mulheres trançam chapéus, cestas e bolsas.


Dunas


Relevo e Vegetação: A ação do tempo criou este cenário único no Brasil. Um mundo ainda desconhecido, formado por dunas exuberantes, chapadões míticos, cachoeiras furiosas, planaltos, savanas e trilhas empoeiradas. É aqui que o cerrado revela seu lado surpreendente a espera dos que querem desvendá-lo. O Jalapão é uma das poucas paisagens nacionais que ainda se conservam imunes ao avanço da civilização.

Dunas


Clima: O clima da região é do tipo tropical-continental com duas estações bem definidas, uma "chuvosa", compreendida entre outubro e abril, e outra "seca", de maio a setembro. A cobertura vegetal da região é formada por savanas nos seus vários gradientes, predominando a savana gramíneo-lenhosa e uma estreita mata ciliar sendo observada eventualmente. As savanas apresentam dois extratos sendo um rasteiro formado por gramíneas (agreste) e outro, arbóreo formado por árvores de pequeno porte com tronco e galhos retorcidos e folhas coreáceas.

Rio Novo















Rio das Balsas















Rio Ponte Alta















Hidrografia:
Com relação aos recursos hídricos, a região do Jalapão está inserida na Bacia Hidrográfica Araguaia - Tocantins.Entre os principais rios destacam-se: Sono, Balsas, Novo, Galhão, Prata, Soninho, Vermelho, Ponte Alta, Come Assado, Frito Gordo, Caracol. A região conta ainda com uma grande quantidade de nascentes formadoras de caudais, águas borbulhantes, também chamadas de "fervedouro" ou "frevedouro" pela população local. Tal característica desta região é devido à formação rochosa do tipo arenítica onde as chuvas abastecem o lençol freático e pelo fenômeno "ressurgência da água", têm-se essa abundância de nascentes, com uma regularidade de vazão, tanto no período chuvoso quanto na estiagem.


Esportes: O rafting no Rio Novo virou febre na região. Operadoras de São Paulo e poucas locais fazem a viagem pelo rio em três ou cinco dias, com acampamentos e muitos banhos de rio nas cachoeiras, ou corredeiras. As cachoeiras da Velha e da Formiga são belíssimas. Proveitoso é também o mergulho nas diversas lagoas do rio, como a Fervedouro, um lago de areia branca, de onde brota um lençol freático, uma nascente, que faz a água borbulhar . Pular da Ponte Alta do Tocantins - no Rio Ponte Alta - também parece ser uma prática bem espalhada na cidade. Outro passatempo é atravessar este mesmo rio à pé, carregando uma barra de ferro pesada para afundar mais depressa.

Rafting no Rio



Cultura: Em um lugar onde a presença humana é limitada, a cultura fica restrita aos pequenos povoados. Em Mateiros, por exemplo, uma comunidade negra de ex-escravos, os mumbucas, procuram manter seus costumes. Em Ponte Alta: os festejos de Bom Jesus de Ponte Alta, Com a derruba de mastros, que acontecem do dia 28 de julho ao dia 06 de agosto.

Igreja matriz Bom Jesus de Ponte Alta















População: A densidade demográfica é de 1,5 habitantes por quilômetro quadrado. Aqui, qualquer pessoa pode passar dias sem ver outra. A densidade populacional da região só não é menor que na Amazônia. Mesmo rodando nas estradas principais, você passa horas sem cruzar com pessoa alguma pelo caminho.